Foto: Cristina Granato (Divulgação)
O pianista, arranjador, cantor e compositor João Donato morreu aos 88 anos às 3h20 da madrugada desta segunda-feira (17), no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela família do músico. Ele estava internado com pneumonia na Casa de Saúde São José, no Humaitá, e foi intubado no dia 6 de julho.
O velório será realizado no Theatro Municipal do Rio, nesta terça-feira (18) e a cremação será no Memorial do Carmo. Os horários ainda não foram divulgados.
Nas redes sociais do artista foi postado pela manhã: “Hoje o céu dos compositores amanheceu mais feliz: João Donato foi para lá tocar suas lindas melodias. Agora, sua alegria e seus acordes permanecem eternos por todo o universo".
Mestre da Bossa Nova e ícone da MPB
João Donato de Oliveira Neto nasceu em 1934 em Rio Branco, no Acre. Iniciou sua carreira profissional em 1949, como integrante do grupo Altamiro Carrilho e Seu Regional. Dois anos depois, começou a estudar piano.
João Donato atuou com artistas como Astrud Gilberto, Dorival Caymmi, Tom Jobim, Eumir Deodato, Stan Kenton, Nelson Riddle, Herbie Mann e Wes Montgomery. Suas músicas “Amazonas”, na gravação de Chris Montez, e “A rã” e “Caranguejo”, ambas fizeram muito sucesso.
O artista foi um dos principais nomes da bossa nova, parceiro de João Gilberto, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e outros. Ao longo da carreira, de mais de 70 anos, expandiu os limites da MPB ao fundir jazz, samba e outros ritmos latinos e caribenhos.
Como arranjador, destacam-se entre seus trabalhos os CDs O homem de Aquarius, de Tom Jobim, e Minha saudade, de Lisa Ono, além de discos de Fagner, Gal Costa e Martinho da Vila.